quinta-feira, 8 de maio de 2008

Exemplo de inovação e empreendedorismo.



"Em 1972 Bill Bowerman - fundador da empresa Nike - era um técnico de atletismo da Universidade de Oregon ( EUA) e inventou a sola de borracha para os tênis de seus atletas. Bowerman usou grelhas de waffles e várias combinações químicas e caseiras de borracha e asfalto. Mais de 30 grelhas de waffles e alguns anos depois, Bowerman alcançou a inovação que permitiu um desempenho muito diferenciado nas competições. Ele treinou 31 atletas olímpicos, 51 atletas amadores para ‘All-Americans", 12 detentores de recorde norte-americanos, 24 campeões da NCCA (national Collegiate Athletic Association - Associação Nacional dos Atletas Colegiados) e 16 corredores da "4 minute milers" (competição que percorre uma milha em 4 minutos). De tabela, Bowerman definiu o surgimento de um império e ícone de esporte no mundo.

Sigma-Seis: O Padrão da Motorola

FONTE: GUERRAS PELA QUALIDADE
JEREMY MAIN

EDITORA CAMPUS

No início da década de 80, as corporações mediam a qualidade em percentuais ou número de defeitos a cada cem peças. A Xerox geralmente tinha um nível da qualidade de 92% ou oito defeitos a cada 100 produtos ou processos. No final da década, o desempenho tinha melhorado tanto que as empresas na vanguarda da qualidade precisavam de uma nova escala, por isso continuaram a contar seus defeitos em “parte por milhão”. A Xerox chegou a um nível de defeitos de 300 partes por milhão, o que pode ser dito também como um nível da qualidade de 99,97% . Isso representou uma enorme melhoria em relação ao nível de 92% do início da década de 80, que se traduziria em 80.000 defeitos por milhões de partes.

A Motorola estabeleceu o objetivo mais ambicioso de todos. Em 1981, resolveu reduzir em nove décimos os defeitos em 5 anos. Porém, através do benchmarking, a empresa percebeu que essa taxa de melhoria não era suficientemente rápida, por isso definiu novamente novos objetivos de melhoria de dez vezes até 1991. Foi então que a empresa anunciou o que se tornaria o objetivo da qualidade mais famoso dos Estados Unidos - o Sigma-Seis, até 1992. Os estatísticos usam a letra grega sigma como símbolo para o desvio padrão. Quanto maior o sigma, menor a taxa de defeitos. Definindo o objetivo de Sigma-Seis, a Motorola estava dizendo que, no que quer que a fizesse fabricação de pagers ou a emissão de faturas - a taxa de defeitos não excederia 3,4 por milhão. Para efeito de comparação, hoje as grandes corporações operaram nos arredores do Sigma-Quatro ou três mil defeitos por milhão. Quando seu médico dá uma receita ou quando o garçom entrega a conta, eles tendem a ser um pouco piores do que o Sigma Quatro, o que significa que cerca de dez mil a cada milhão de receitas médicas ou contas de restaurante estão erradas. Ao fornecer pelo telefone informações sobre impostos, o IRS fica fora do quadro de sigma, cometendo mais de cem mil erros por milhão de informações. Como já vimos, as companhias aéreas se saem muito bem em termos de segurança (melhor do que o Sigma-Seis), mas quanto ao item bagagem, saem-se apenas um pouquinho melhor do que o Sigma-Quatro.

A Motorola não conseguiu alcançar o Sigma-Seis que almejava para 1992. Algumas unidades conseguiram; algumas se saíram ainda melhor. Mas a empresa como um todo chegou a 150 partes por milhão, em algum lugar entre Sigma-Cinco e Sigma-Seis. Tudo bem; a Motorola chegou perto e, sem esse alvo ambicioso, talvez nunca tivesse chegado tão perto. A Motorola ainda pretende melhorar dez vezes a cada dois anos, adentrando pelo século XXI. Isso colocaria a empresa no nível de um defeito por bilhão de partes. Por que a Motorola seria tão fanática em almejar taxas de defeitos tão baixas quanto um em um bilhão? Quem iria notar? Com o progresso dos sistemas eletrônicos, uma parte por bilhão torna-se uma taxa de defeitos significativa. Até o final da década, cada semicondutor conterá até um bilhão de transistores.

Enquanto a taxa de defeitos fica na faixa de apenas algumas centenas por milhão de partes, as corporações deparam-se com um problema peculiar. A amostragem já não é mais prática quando a taxa de defeitos é inferior a 0,1% de 1 %, ou seja, inferior a mil problemas por bilhão. Steve Schwartz, da IBM, explica que o método usado antes para coletar amostras de erros e estudá-los não funciona mais. Você pode ter pedido a uma amostra de 25 filiais, de um total de 200 lojas, para devolver à empresa produtos defeituosos, que seriam então contados e analisados. Porém, como existem menos defeitos, você talvez descubra que nenhuma das 25 lojas devolveu um único produto defeituoso. Agora você tem que mudar o sistema e coletar produtos em todas as filiais, o que é mais complicado. As corporações vão acabar tendo que inventar ou simular defeitos no computador para ter algo a estudar.

A Racionalidade em Max Weber

Por Marcus Viniicus Rodrigues

(In: Ritos & Excelência nas Empresas)

A proposta de Max Weber para análise da racionalidade, com base no capitalismo e na sociedade de massa do início do século XX e em oposição ao seu significado tradicional, apresentou: a racionalidade formal e instrumental que traz uma expectativa de resultados ou fins calculados; e a racionalidade substantiva ou de valor que “

é determinada independentemente de suas expectativas de sucesso e não caracteriza nenhuma ação humana interessada na consecução de um resultado ulterior a ela”.

Para descrever sua noção de burocracia, Weber utiliza o “contexto peculiar de uma sociedade capitalista centrada no mercado e cuja racionalidade é funcional e instrumental, e não substantiva”.


A abordagem weberiana, por muito tempo, foi a base principal para a análise na estrutura e procedimentos nas organizações.

Mas a inadequação da doutrina positivista e do domínio da racionalidade e da objetividade fez com que os posicionamentos, e, em particular, a racionalidade funcional e instrumental proposta por Weber passassem a ser questionados.E busca de objetividade “

as ciências sociais deixam de considerar uma capacidade

essencial do ser humano, aquela que melhor o distingue, que é a capacidade de interpretação,baseada em razões e motivos


, ... a distinção entre fenômenos objetivos observáveis(comportamento) e fenômenos meramente subjetivos (crenças, atitudes, opiniões) está profundamente arraigada nas ciências sociais tradicionais”. Assim, as influências positivistas em sua pretensão de encontrar na ciência todas as respostas para os problemas da ‘racionalidade’ organizacional falharam.